Senhoras e Senhores leitores:
Acho que não há muita divergência quanto à certeza de que estamos vivendo tempos complexos e que mudanças se fazem necessárias.
Temos saudades de como era nossa vida? Sim. E sofremos.
Dizem ser do genial Pablo Neruda um poema que, ao seu final...’ Saudade é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida. É não ter por quem (ou por que) sentir saudades, passar pela vida e não viver. O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido”.
Como navegar não é preciso, mudar, durante e após a pandemia, é preciso!
Os governos precisam estar conscientes de que medidas austeras de contenção de gastos, de controle fiscal, aparentemente impopulares, trazem efeitos benéficos sobre suas popularidades. A história tem comprovado isto. E o bem estar social se realiza. Ocorre que prefeitos e tais imaginam, por resistirem a deixar sua zona de conforto, que os efeitos benéficos sobre suas popularidades consistem em deixar o paciente diabético comer doce. Afinal, vai morrer mesmo um dia. Não é por aí.
E nós, cidadãos, que perdemos empregos, receita e renda, precisamos pensar em alternativas. Muita gente tem tentado um negócio. E alguns me perguntado o que eu acho.
Bueno, eu acho que deve, sim, tentar, pois as crises são benéficas ao desenvolvimento, pois nos obrigam a mudar de rumo, alargar fronteiras e descobrir novos ares, sabores e amores. Porém, antes, se conscientizar de alguns pontos como:
A última pesquisa a respeito, de 2018, apontou que 56% dos brasileiros tinham como sonho criar um negócio. Hoje, certamente há mais gente. Bueno, se tu já és um empreendedor, já sabes que não é fácil. Tens que saber e praticar um pouco de vendas, marketing, gestão de pessoas, relacionamento com clientes e fornecedores, cuidar com zelo das finanças e de sobra cuidar de grande parte ou até de toda a parte operacional.
Se ainda não és um empreendedor, podes anotar: vai faltar tempo, até para o convívio com a família e sobrar tarefas. E tem mais: ainda podes ser visto por parte míope da sociedade como vilão. Mas...o lado bom: serás parte do contingente que gera mais da metade dos empregos e boa parte dos impostos gerados.
Ah! Ainda tens que escolher o regime de impostos ....o SIMPLES? No próximo artigo conversaremos mais sobre. Se me alongar demais, o Ique me despede.
Nerino Dionello Piotto é economista